O CBH Paranaíba está no processo de revisão do seu plano de bacia e dentro da proposta de integração dos afluentes na construção do documento, realizou evento conjunto com o CBH Paranaíba-DF, com participação da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) e Adasa, debatendo “Alternativas de Enquadramento e Plano de Ação. O objetivo da reunião foi validar a vazão de referências para enquadramento em cada unidade de gestão hídrica, definir parâmetros para serem considerados para o enquadramento e discutir alternativas de enquadramento por trechos.
O superintendente de recursos hídricos da Adasa, Gustavo Carneiro, lembrou que no debate sobre o enquadramento, o Distrito Federal foi um dos primeiros estados da federação a discutir o tema, em 2014, e que agora duas palavras definem o processo: integração e pactuação das ações para que as metas sejam cumpridas. Ele ressaltou que o enquadramento no DF já é utilizado para fins de licenciamento, outorga, ações de gestão.
Vários membros presentes pontuaram que a maior parte dos rios do Distrito Federal são rios que se encontram em áreas urbanas e de baixa vazão, o que seria mais um desafio dentro do debate sobre a melhoria na qualidade dos corpos hídricos do Distrito Federal.
Saneamento
A questão do saneamento dentro do debate sobre melhoria da qualidade da água foi também levantada durante o debate. Os gráficos apresentados mostraram que os índices de fósforo e coliformes no esgoto ainda se mostram elevados. A representante da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Raquel de Carvalho Brostel lembrou que os tratamentos da Caesb são eficientes, já que a empresa está constantemente investindo em tecnologia e infraestrutura, mas destacou que de nada adianta investimentos de ponta no tratamento de esgotos, se não houver uma articulação entre poder público e sociedade para conter os lançamentos clandestinos.
Dinâmicas
No final do período da manhã foi realizada uma dinâmica, que dividiu os presentes, onde cada grupo ficou com uma região hidrográfica para apontar as particularidades, necessidades e desafios daquelas bacias. No período da tarde, os mesmos grupos debateram os problemas e possíveis soluções para os corpos hídricos da região. As contribuições levantadas durante a reunião serão agora levadas pelo consorcio responsável pelos estudos para a revisão do PIRH e enquadramento para análise.