A terceira reunião do Grupo de Trabalho do Rio Melchior aprovou, nesta terça-feira (2), o Plano de Trabalho e agenda de atividades para 2024. O coordenador do GT, Ricardo Minotti lembrou que as primeiras reuniões foram importantes para a escuta das demandas da comunidade e nivelamento de informações trazidas pelos integrantes do grupo. Dentro do plano de trabalho ficou especificado a organização das atividades a serem desempenhadas pelo grupo, como a elaboração de um Programa de Melhorias Hidroambientais na Bacia Hidrográfica do rio Melchior, além de um plano com identificação de atores responsáveis pelas ações.
O coordenador da Câmara Técnica do CBH Paranaíba-DF e membro do GT Melchior, Mauro Felizatto, lembrou que será formalizado pela CT o pedido à diretoria do Paranaíba de envio de ofício ao comitê federal com vistas à possibilidade de elaboração do diagnóstico atualizado da área do rio Melchior.
Representante suplente do Caesb no GT Melchior e vice-presidente do CBH Paranaíba (Federal), Fábio Bakker, destacou que esse custeio poderia ser por meio dos recursos da cobrança, já implementada no âmbito federal da bacia, porém, destacou que os subsídios para esse estudo não estão contemplados no orçamento de 2024, mas que deve ser verificado junto ao comitê a possibilidade de inclusão dos estudos no orçamento de 2025. Para isso, o comitê distrital deve enviar a solicitação até agosto. Foi sugerida também, como forma de agilizar os estudos e minimizar os custos, que o comitê solicite ao paranaíba federal se é possível que a empresa responsável pela elaboração da dos estudos do Plano Integrado de Recursos Hídricos (PIRH) do rio Paranaíba e seus afluentes, faça também um detalhamento da região do rio Melchior, um dos afluentes do Paranaíba. Atualmente o PIRH está em fase de revisão. A proposta foi acatada pelos presentes.
A presidente do CBH Paranaíba-DF, Alba Evangelista Ramos, lembrou que o comitê distrital, durante a reunião sobre a revisão do PIRH, solicitou que o estudo de revisão contenha mais detalhes das bacias dos rios Sobradinho, Melchior e Alagado. Em vista do trâmite necessário para a execução dos estudos, e o prazo de vigência do GT, o coordenador do grupo, lembrou que as próximas reuniões do GT irão se balizar pelos diagnósticos e estudos disponíveis atualmente, como o Plano de Recursos Hídricos do Paranaíba no Distrito Federal, de 2019.
Preocupação da comunidade Representantes da sociedade civil e comunidade local demonstraram preocupação com os níveis de poluição das águas do rio Melchior e os possíveis efeitos na população da região. O representante da entidade “Salve o rio Melchior”, Alzirênio Carvalho, manifestou preocupação com a construção do empreendimento do Centro Metropolitano Taguatinga, que, segundo ele, deve impactar a qualidade da água do rio Melchior. A proposta do CMT é que ele seja um polo de integração entre Taguatinga, Ceilândia e Samambaia, e deverá receber cerca de 20 mil pessoas.
Aprovação Além do plano de trabalho e cronograma de atividades, o GT também aprovou a síntese da 2ª reunião do grupo. A próxima reunião do GT do Rio Melchior está marcada para o dia 7 de maio.
